terça-feira, 19 de abril de 2011





II

Estrada Calada.




"Às vezes sou dia
Às vezes sou nada
Hoje lágrima caída
Choro pela madrugada
Às vezes sou fada
Às vezes faísca
Tô ligada na tomada
Numa noite mal dormida

Se o teu amor for frágil e não resistir
E essa mágoa então ficar eternamente aqui
Estou de volta a imensidão de um mar
Que é feito de silêncio
Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for.."


era o que dizia a canção que embalava minha saudade. Parecia que falava diretamente em meus ouvidos, me fazendo entender o que se passava dentro de mim.
Juro que se não estivesse dentro deste ônibus que corre sem destino certo, teria voltado atrás. Talvez se eu tivesse acordado um pouco antes de sair da cidade, teria dado tempo de desistir. Mas não . Não posso ser egoísta. Não sei que rumo a vida dele seguiria se eu tivesse mantido acesa a chama desse amor que ainda está preso em meu peito. Quantas dúvidas essa estrada calada me trouxe. Eu bem que poderia ter continuado dormindo, esperando chegar pacientemente ao meu destino. Se bem que se assim tivesse sido, aquele papel não teria chegado até mim pela janela de vidro que me separa neste momento de tudo o que me faz sentido. Apenas aquelas singelas palavras me confortam e me dão a certeza de que alguns quilômetros não são suficientes para por fim a sonhos que foram sonhados a dois. A cadeira ao meu lado estava vazia, e ao contrário de muitas histórias, assim ela continuou. Não porque eu não quisesse estar acompanhada em meu trajeto extremamente longo e cansativo, mas simplesmente por sofrer com cada rosto, cada sorriso que eu via.. E que apesar de diferentes, me lembravam muito a alegria que eu sentia, quando meu amor olhava pra mim, me abraçava e simplesmente sorria. Pode ser que isso passe. Não sei. Aprendi com uma senhora amiga, que a saudade, amor e partida são essências da vida. Por isso não sei se devo desejar que passe, pois quero me manter assim.. Com lágrimas nos olhos, mas completamente viva.

domingo, 17 de abril de 2011

Uma história de...

A . M . O . R ,

A M elhor O pção R eal ...


De ser feliz pra sempre!





I

Do sonho à vigília.



Ah, agora que não durmo mesmo. Aliás, acho que só dormiria verdadeiramente àquele que não tem uma saudade no peito. Pena que às 4 horas da manhã, o dia ainda esteja descansando. De repente, como em um aviso, o frio trazido pela chuva daquela noite me levou à janela que estava entreaberta, como jamais havia ficado. Quando tentei fechar, senti dificuldade pois um papel estava preso entre as persianas da cortina. Quando peguei, li em letras miúdas e molhadas a frase que dizia: "Não há mal tempo,dor ou saudade para se amar de verdade". Aquilo me deixou profundamente emocionada, pois parecia que alguém estava se comunicando comigo. Quando me ergui um pouco mais, vi um casal abraçado. Percebi que somente o calor do amor sentido naquele momento, era suficiente para fazê-los completos. Mesmo que por um breve instante. Fechei a janela com o sorriso sincero dos dois, como se quisessem compartilhar comigo aquela felicidade. De repente, juntamente com o nascer singelo do sol, aquela saudade que mantinha-se aquecida dentro do meu coração, passou a escorrer por entre meus olhos. Talvez pela incerteza do reencontro, ou pelo simples fato de amar de verdade, acho que não aguentei a verdade que se fazia presente: Meu amor estava distante. Provavelmente sorrindo com os lábios, mas chorando por dentro. Não entendi o porquê deste pressentimento, mas algo me dizia que precisava encontrá-lo de qualquer jeito. Nem que fosse por um breve instante, dentro do meu pensamento. Chamo-me Lia. E se você leu até aqui, é porque ama como eu. Não? Talvez por enquanto.. creio que quando terminar de ler minha história, o amor surgirá em teu peito como um meteoro: sem avisar, apenas inundando e dando sentido a toda sua vida...

(Continua..)

sábado, 22 de janeiro de 2011


Sinto que o calor dos teus braços se desfaz na chuva que molha o terraço. O som do canto das águas, me faz lembrar a melodia que sai dos teus lábios quando o amor te invade em pensamento. O cheiro da terra molhada é suficiente para me levar a sacada e ver no reflexo das águas, teu olhar pensando em mim. O frio toma conta da solidão nefasta. Teu amor me conforta e do medo me afasta.
Sei que a poesia que molha minha janela já não encontra em si um motivo pra rimar. Por isso vou ao teu encontro, sei que onde estiver verso torto não vai faltar..Com reticências ou não, ponto ou acentuação, vou rimando até o fim da vida. Quem sabe da saudade sofrida, saia a mais bela canção.

A marca que você deixa nas pessoas.


Quando eu era criança, bem novinho, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança. Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala. Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém. Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal! O nome dela era “Uma informação, por favor” e não havia nada que ela não soubesse. “Uma informação, por favor” poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa. . Minha primeira experiência veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho. Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo. A dor era terrível, mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia. Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei: O telefone! Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente à cômoda da sala. Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido. Alguém atendeu e eu disse: “Uma informação, por favor”. Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido. “Informações.” “Eu machuquei meu dedo…”, disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência. ” A sua mãe não está em casa?”, ela perguntou. “Não tem ninguém aqui…”, eu soluçava. “Está sangrando?” “Não”, respondi. “Eu machuquei o dedo com o martelo, mas está doendo…” “Você consegue abrir o congelador?”, ela perguntou. Eu respondi que sim. “Então pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo”, disse a voz. . Depois daquele dia, eu ligava para “Uma informação, por favor” por qualquer motivo. Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Philadelphia. Ela me ajudou com os exercícios de matemática. Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas. Então, um dia, Petey, meu canário, morreu. Eu liguei para “Uma informação, por favor” e contei o ocorrido. Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável. Eu perguntava: “Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria para gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?” Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente: “Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também…” De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor. No outro dia, lá estava eu de novo. “Informações.”, disse a voz já tão familiar. “Você sabe como se escreve ‘exceção’?” Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico. . Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. “Uma informação, por favor” pertencia àquele velho aparelho telefônico preto e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho que ficava na nova cômoda na nova sala. Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saíam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo. Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um molequinho. Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos. Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos. Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora daquela minha cidade natal e pedi: “Uma informação, por favor.” Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo: “Informações.” Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando: “Você sabe como se escreve ‘exceção’?” Houve uma longa pausa… acho que o seu dedo já melhorou, Paul.” Eu ri. “Então, é você mesma!”, eu disse. “Você não imagina como era importante para mim naquele tempo.” “Eu imagino”, ela disse. “E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse.” Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã. “É claro!”, ela respondeu. “Venha até aqui e chame a Sally.” Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã. Quando liguei, uma voz diferente respondeu: “Informações.” Eu pedi para chamar a Sally. “Você é amigo dela?”, a voz perguntou. “Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul.” “Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente. Infelizmente, ela morreu há cinco semanas.” Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou: “Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul?” “Sim.” “A Sally deixou uma mensagem para você. Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse. Eu vou ler pra você.” A mensagem dizia: “Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender.” Eu agradeci e desliguei. Eu entendi…

NUNCA SUBESTIME A “MARCA” QUE VOCÊ DEIXA NAS PESSOAS, NEM TAMPOUCO DEIXE PARA DEPOIS, DIZER O QUANTO ELAS SÃO IMPORTANTES .


Autor Desconhecido.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Amor Estação.


E o cenário de minh’alma se faz doce e sereno,
Como o amor nas primeiras primaveras:
Sensível e calmo, como o afago do filho,
Infinito e vasto como a dor da partida.
Vi-me de ante de um sonho,
Já que meu amor,
Hoje é saudade sentida.

Palavras são estranhas,
Pesadelos então.
Quando tento por pra fora,
O que ecoa esta canção.



Ah quem me dera,
Te encontrar a todo tempo,
Te amar de qualquer jeito,
Sentir cantar enfim,

Meu coração radiante,
Batendo em ritmo constante,
Por estar junto de ti.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sorriso Disfarce.




Pinta um sorriso na face do teu amor,
Vai escapando de leve,
Da prisão em que tu te refugias, a dor.
Faz real o sonho de liberdade,
Faz da alegria de viver,
Tua única vaidade..
Verdade. Não há melhor coisa do mundo,
Que simplesmente morrer de saudade.


O mundo que me deste, de todos os outros é o mais belo.
Singelo e frágil como o som da canção em ré menor,
Faço dessa saudade uma rima de um verso só.
Mas que se completa rápida e calorosamente,
Quando te encontro por entre meus sonhos mais freqüentes.
Talvez isso defina o que sinto..
É mais ou menos isso..
Amor maior.